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sábado, 14 de agosto de 2010

PIABANHA


UM POVOADO LINDO, DE PESSOAS ORDEIRAS COM uma LONGA HISTORIA DE VIDA E ALGUNS IMPASSES SOCIAIS.
ENQUANTO ALGUNS SONHA COM A VOLTA DE FEIRA LIVRE.
OUTROS PEDEM MELHORIAS NA LAGOA DA PIABANHA
O MAIOR E MAIS POVOADO DISTRITO DO MUNICIPIO DE Aracatu, é sem duvida, um lugar modesto e de gente de boas qualidades.


É por esses e outros motivos que o Jornal O Relato leva ao conhecimento da população algumas perdas que o distrito teve, para que seja revisto métodos positivos no ituito de continuar a progredir. Vejamos agora relatos de moradores que nasceram e cresceram na Piabanha. Valterede José da Silva, 57. “Eu gosto da Piabanha porque aqui todo mundo é amigo, aqui é muito bom para viver, aqui na região todos tiveram a chance de montar algum tipo de comercio. O problema é que no passado não tinha investimento por parte dos governos e nem dos bancos. Outro problema é que não tem grandes barragens para o povo plantar em volta, assim o povo investia e ficava por aqui mesmo, o dinheiro circulava e movimentava o lugar.



A nossa lagoa ta poluída, animais andam dentro, porco, cavalo, galinha, jegue. E o mato tomou conta. Precisa ser feito alguma coisa para que a comunidade usufrua da água. Nosso único meio de sobrevivência aqui é a lavoura e a criação de animais. Mais o que produzimos não tem preço. Tem alguns empregos , mas não da pra todos.
Precisamos de mais um telefone publico, pois o único fica tumutuado.
Agora o movimento ta quase parado porque foi quase todos para a colheita do café. É bom para eles porque volta com um pouco de dinheiro, mas melhor seria seria se tivesse serviço aqui. O que eles ganha aqui em um ano, lá eles ganham em três meses, mas ficam longe de casa e da família...
Meu maior sonho é que volte a feira livre aqui na Piabanha, assim nos iriamos aplicar nossos recursos aqui mesmo, no tempo da feira foi muito bom, foi mercante em meados de 76, a gente vinha para feira vender nossos produtos e comprar outros. Agora compramos mais do que vendemos. Mas esperamos que tudo dê certo”. Diz. Maria dos Anjos Dias, 59. “Eu gosto de morar aqui porque acostumamos e não acostumo em outro lugar. Tenho todas as raízes aqui. Terra, casa, família e outras coisas. Há 43 anos eu vi os acontecimentos daqui. Já fiz parte da política, fui veradora e não vi vantagem em ser política. A gente empata com problemas da comunidade e as carências do povo pobre e não podemos fazer nada sozinha. Acho que a ida do povo do povo para o café é bom porque trabalha pouco tempo e ganha bem. É sofrido mas vale a pena.
Eu também quero a volta da feira porque os recursos financeiros ficam aqui em nosso lugar”.
Osvaldo Aragão dos Santos, 67. “O povoado aqui começou com 4 casas. Aí veio o 1° beneficio do governo que foi a escola, depois o telefone, o posto de saúde, a quadra e o mercado. A única fonte de renda aqui é a aposentadoria do INSS, tem mais de 50 aposentados, a renda passa de 23 mil reais. A lavoura do algodão acabou por causa do bicudo e do preço baixo dos atrevassadores. Não tem mais projetos que beneficiem as associações, no colégio tem cerca de 30 funcionários que ganham meio salário. Não dá pra sobreviver. Se voltar a feira melhora a situação porque quem não tiver uma fonte de renda vai vender alguma coisa da lavoura ou colocar uma barraca para ganhar um dinheirinho”.



Conclusão: Ao longo da historia, esse belo povoado viveu o jogo do perde-ganha. Ganhou mercado – perdeu a feira livre. Ganhou escolas- perdeu fontes de renda- ganhou orelhão-perdeu posto telefônico. Ganhou posto artesiano-perdeu a lagoa. Ganhou uma quadra, um posto de saúde, pavimentação e uma representante política eleita. Esperamos agora que venham frentes de serviços, e um grande barragem com água tratada para que o povo da Piabanha viva em suas terras com saúde e altonomia.


Hermes Leite



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