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terça-feira, 20 de março de 2012

SALVADOR:PREFEITOS BAIANOS EM BUSCA DE RECURSOS PARA COMBATER A SECA


A UPB procurando uma ação para os municípios afetados pela estiagem no estado reuniu na tarde desta terça-feira (20), prefeito (a)s, vice-prefeitos e representantes de vários municípios que decretaram estado de calamidade. O número já chega a 104 municípios que decretaram estado de emergência.

A situação é a mesma em todos estes municípios. A estiagem comprometeu a lavoura, o rebanho, a distribuição de água tanto para o consumo humano, quanto animal. Os representantes municipais ao seu modo relatam as dificuldades que seu município enfrenta.

Campo Alegre de Lurdes tem apenas 1,2% de tubulação de rede de distribuição de água encanada. Representado no encontro pelo vice-prefeito Deusvaldo Almeida, o vice-prefeito relatou que setenta por cento da população do município vive na zona rural e que “as cisternas estão secas, a operação de carro pipa é agravada pela distância onde os carros têm de buscar água, no município de Remanso, a 115 km de distância”.

O prefeito de Fátima, José Idelfoson, inicia sua fala usando a mesma expressão de todos os entrevistados. “A situação está difícil”, o prefeito afirma que desde outubro não chove e que o município tem oito carros pipas mantidos com recursos próprios. Idelfoson diz ainda que há quatro anos que o município tem sofrido com a redução das chuvas, o prefeito pede uma solução que vise uma continuidade de ação no combate à seca na Bahia.

Já prefeita de Barra da Estiva, Ana Lúcia, relata as dificuldades oriundas da estiagem, lembrando que a principal atividade econômica do município é o café. “O município que vive da cafeicultura sofre com a seca prolongada, pois não há colheita, o que prejudica os trabalhadores e produtores”. Sem chuva há mais de seis meses o município que tem uma parte de sua área com vegetação da caatinga sofre a falta d’água até para o gado, diz a prefeita.
O prefeito de Aracatu, Sílvio Maia Filho, relatou que a situação não é diferente. `` A nossa realidade é a mesma, pois o município que tem como foco agricultura e agropecuária necessitam de água para a produção de alimentos ´´.Estamos reivindicando,cestas de alimentos,limpeza de aguadas através de frentes de serviços,poços,e a permanência constante do exército no município sem intervalo,alem de mais carros pipas,diz o prefeito.

A situação de Lençóis é agravada pelas queimadas que acontecem neste período, o prefeito relata que o Rio Santo Antônio está seco e que o abastecimento tem sido feito com recursos próprios, além de duas brigadas de incêndio que ficam de prontidão para agirem caso precise.

Paulo Maia, prefeito de Filadélfia, aponta que nos oito meses de estiagem deixaram as 30 barragens feitas pelo governo do estado totalmente secas. “Quando amanhece já tem gente na minha porta buscando ajuda, choveu em outubro, mas não deu água” diz o prefeito, e completa, “estamos sem recursos”.

Mesmo convivendo com a seca durante todo o ano, a população de Abaira, sente a atual situação do município. Abaira recebe 0.6 de FPM, e tem como os recursos do governo não veio até agora, o município enfrenta a seca com recursos próprio. O prefeito João Hipólito diz: “não temos autonomia, vimos atrás de apoio, todos os órgãos municipais estão voltados para as necessidades da população devido à seca”.

Irecê nas palavras do prefeito Zé das Virgens, enfrenta uma das piores secas deste as de 1932 e 1976. Zé chama de “frustração de safra” o efeito produzido pelas estiagens na lavoura, ele completa dizendo: “a seca não é novidade para nós, mas a irregularidades das chuvas no período agrícola 2011/2012 fez com que até a mamona tivesse perda”. Para o prefeito o sofrimento não é maior devido aos projetos sociais do governo federal que beneficiou as famílias carentes e que as fazem resistir ao período que passam.

João Francisco prefeito de Tanhaçu diz, “estamos desde julho de 2009 em estado de calamidade, a zona rural está seca, na região não chove há três anos. São mais de três mil famílias afetadas, os Rios de Contas e Gavião estão secos. Viemos aqui buscar apoio da UPB para que a instituição nos ajude junto ao governo federal e estadual”.

Para Rita de Cássia, prefeita de Mortugaba, e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Gavião e Rio Antonio (AMVAGRA), diz, “não podemos ficar tentando resolver esta questão com paliativos. Precisamos de uma ação real, concreta, senão a cada ano a coisa agrava mais. Há relatos de municípios onde o escritório da Embasa já fechou, isto é grave. Busco a construção de uma barragem no Rio Gavião para solucionar a questão da água na região”.


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