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quinta-feira, 19 de julho de 2012

100 dias de greve: Mais de um milhão de alunos estão fora das salas de aula


Mais de um milhão de alunos dentro de casa ou nas ruas por conta, de 100 dias de greve na rede estadual de educação da Bahia. A paralisação, já considerada recorde no Estado, parece não ter previsão para acabar.

Nesta semana, troca de acusações e ameaça de retirada dos professores da Assembleia Legislativa da Bahia, acirraram ainda mais os ânimos e tornam crítica a situação.

Ontem, o clima esquentou e o nível baixou, na manhã desta quarta-feira (18), durante entrevista entre o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Marcelo Nilo, e o presidente da Associação dos Professores do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira.
 

Os dois bateram boca no Programa do Bocão, na Rádio Sociedade. O apresentador Zé Eduardo os colocou, ao vivo, pelo telefone, e levantando o problema dos 99 dias de greve na rede estadual de ensino, se inicou uma sequência de acusações por parte dos entrevistados.

Marcelo Nilo fez uma grave acusação contra o sindicato, afirmando que o movimento é financiado. "Quem paga a comida deles? Três meses sem sálarios não há como ter dinheiro. Tem alguém pagando a conta. Eles fazem festa e recebem almoços de primeira. Tem alguém por trás da APLB. O dinheiro deles está bloqueado. Um dia esse dinheiro que tinham acaba e acredito que ja acabou", acusou Nilo, que disse não ter como afirmar quem é o financiador.

Como resposta, Rui Oliveira ameaçou processar Nilo pela acusação da APLB ser financiada e, deu o troco, chamando-o de "bobo da corte". "Prefiro ser rei, porque me torno majestade", comparou, ressaltando que as declarações de Nilo "é coisa de quem não tem o que fazer". 

Denúncia

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT),  prometeu, em entrevista ao programa Se Liga Bocão nesta quarta-feira, apresentar o vídeo em que uma funcionária da Casa teria sido agredida verbalmente por uma professora grevista.

“Estou me comprometendo em, até amanhã, apresentar esse vídeo em que a servente, chorando, fala da humilhação que sofreu e do orgulho que sente em trabalhar para sustentar os seus quatro filhos”, prometeu Nilo.
 

Greve

Nem a intervenção do Ministério Público da Bahia e nem a nova proposta do governo estadual fizeram com que os professores, aceitassem a proposta feita pelo governador Jaques Wagner, durante encontro realizado na quinta-feira (12), na sede do MP-BA. A negociação não avançou e a mudança nos termos da proposta foi considerada "mínima" pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira. A categoria bate o pé firme e exige que seja cumprida a Lei do Piso que estabelece reajuste de 22,22% para os educadores.

O governo se propôs a conceder aos professores licenciados, em novembro de 2012, promoção por meio de curso, com ganho de 7%, e em abril de 2013, nova promoção, também com ganho de 7%. Não convenceu.

Uma nova assembleia está marcada para esta sexta-feira (20), às 9h.


BOCÃO NEWS

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